domingo, 14 de setembro de 2008

Música Popular Massiva - Internet, tecnologia e a música popular...



O artigo publicado por Jeder Janotti Junior, que é professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia, fala de aspectos que variam entre o tema principal (música popular massiva) e toca em pontos como cultura midiática, gêneros musicais, campo artístico e autenticidade. A partir disso, podemos ter a real noção da evolução da música, da produção dela e dos formatos de divulgação desses produtos que se tornaram cada vez conhecidos através da internet do que pelos CD’s. No artigo, ele fala que “existe uma grande confusão quando se usa a expressão música popular massiva na cultura contemporânea. Esse termo guarda-chuva parece abarcar as mais diferentes formas de expressões musicais, desde as especificidades da música eletrônica e do rock até manifestações de consumo em massa, como a música axé e a sertaneja.”, isso mostra que as pessoas que consomem música estão ampliando o seu leque de gostos justamente pelo fato de a massificação de estilos estar cada vez mais intensa e marcante.

Questões são levantadas a cerca do mercado, da criatividade e do consumo dessas produções e tentando responder parte dessas questões, o pesquisador e crítico Simon Frith (1996) aponta para a necessidade de compreensão de pelo menos quatro atores que constituem o campo musical: os músicos, os produtores, a crítica e os consumidores. Nesse percurso é necessário entender, inclusive, como se dá a articulação entre os julgamentos de valor, a configuração dos gostos e os aspectos sensíveis que compõem a produção e a audição da música popular massiva. E o problema levantado pro Frith é “que seus melhores meios de comunicação com seus consumidores são mediados: os sons chegam até nós através do rádio, filmes e televisão: estrelas da música chegam até nós via jornais, revistas e vídeo. O pessoal da mídia julga a música de acordo com seus próprios critérios.” (FRITH, 1996: 61). Com isso, é notório que os meios de comunicação tem grande influência sobre o que é consumido pelas pessoas e eles ainda ditam o que é bom ou ruim, mesmo que seja baseado nos seus interesses. Mas, outra importante figura que influencia muito no trabalho artístico é o produtor, tanto é, que quando falamos de certos artistas associamos logo ao nome de quem produziu algum trabalho marcante. Tanto é que se costuma relacionar The Beatles e George Martin, Titãs e Liminha, atribuindo aos produtores participações fundamentais nos processos criativos que envolvem o fazer musical.

Com a internet, o surgimento de produtos como o iPod’s e MP3 Playes, sites como MySpace.com, TramaVirtual.com.br, PalcoMP3.com entre outros meios, é possível se conhecer artistas das mais variadas vertentes, e, os mais antigos passaram a se utilizar dessas ferramentas para tornar o seu trabalho mais conhecido do público que nasceu em conectado a internet. Amy Winehouse, Adele, Kate Nash, Duffy, Estelle e Lily Allen são grandes exemplos da música britânica atual de como a internet ajuda na divulgação de trabalhos e no reconhecimento de boa música. Bandas como Radiohead hoje em dia utilizam os seus sites para disponibilizarem suas músicas gratuitamente, o cantor e ex-Los Hermanos Marcelo Camelo, publicou para download no site Sonora.com.br 10 das 14 músicas do seu novo álbum que não tinha chegado as lojas na versão CD e isso só faz ratificar a evolução da música e o risco de o CD se tornar um artigo de colecionadores como o vinil é hoje em dia.

Um comentário:

Anônimo disse...

vlww o informativo!



=)